quarta-feira, 16 de abril de 2008

Back Again!

Há bastante tempo não escrevo aqui! Não aconteceu nada que me fizesse ter o interesse de compartilhar, senão o fato de que agora estou na faculdade. Eu sempre achei que esse seria um marco divisor de águas na minha vida, mas ainda nada mudou.
Sinto-me a mesma pessoa. Os mesmos sentimentos, inseguranças, medos.
Ainda não me considero feliz e nesses últimos meses pedi a Deus inúmeras vezes que me tirasse a vida. Sinto-me cansado de viver.
Depois de parar e pensar muito nisso percebi que não estou cansado propriamente da vida, mas sim da vida que tenho levado. O que realmente desejo seria uma mudança e a não a morte. A morte seria o fim e não quero morrer sem ter vivido tudo que sempre sonhei. Um Amor.
Nesta semana eu completo 21 anos e sinto como se tudo que passei fosse em vão.
Muitas vezes tento relembrar minha adolescência e gostaria que ela fosse feita de descobertas e relacionamentos que fizessem eu descobrir quem eu realmente sou. Mas não. Nada aconteceu. Até hoje me sinto frustrado pelas poucas experiências, as poucas pessoas que se interessaram por mim e o que sempre me machucou, o fato de nunca ninguém ter se apaixonado por mim.
Sinto-me muito vazio. Enquanto as pessoas na minha idade são cheias de lembranças, eu sou cheio de anseios de coisas que nunca vivi. Não sou conhecedor da psicologia, mas creio que exista algo que defina como me sinto. Sinto-me no fim. É como se o ápice da minha vida já tivesse passado e eu tivesse perdido isso. Tenho quase 21 anos, mas me sinto com 60. Não consigo mais me imaginar vivendo um amor, e quando me imagino, me sinto velho pra isso.
Estive comentando com uma amiga essa semanas sobre como eu não consigo me ver em um relacionamento. Não consigo acreditar que eu posso ter um namorado. Não acredito que alguém possa me amar!
Mas apesar do medo, da insegurança, da necessidade, eu simplesmente quero muito. QUERO. Quero amar! Quero alguém. Será que é tão difícil?
Muitas vezes sinto medo dos meus sentimentos. Não sei até onde eles podem ir. Até onde essa depressão pode chegar!
Notei há pouco tempo um hábito que começou a me incomodar, mas que eu simplesmente não conseguia controlar. Cada vez que eu pensava em querer alguém, logo me vinha a mente “Você nunca vai conseguir ninguém, porque você é feio”, e num ato descontrolado eu procurava um espelho, pra me olhar, analisar, lamentar minha feiúra e chorar por horas.
Comecei a sentir vergonha de mim. Às vezes que saí na rua, não conseguia olhar ninguém n os olhos, por imaginar que a pessoa pudesse estar me analisando. Um certo dia andando na rua, próximo a uma avenida onde passam muitos carros, eu estava andando no sentido contrário do carros, quando me bateu uma vergonha por imaginar que os motoristas dos carros viam meu rosto. Comecei a chorar e fui andar por lugares mais desertos e só queria chegar em casa. Fiquei com vergonha da minha feiúra. Coisa que tanto me incomoda.
Tenho medo de tudo isso! Mas não consigo controlar. Sei que deveria procurar ajuda profissional, mas não quero fazer isso... Sei que posso melhorar por mim mesmo, ao invés de ser diagnosticado com dezenas de síndromes e ter que tomar milhares de remédios que só vão fazer eu ter uma melhora artificial e me tornar cada vez mais dependente desses remédios.
Eu só gostaria de ser feliz!
De ser bonito!
De ter pessoas interessadas por mim... Esse papo de que beleza interior é o que conta é balela. Quando você é bonito e saí pros lugares, as pessoas se aproximam de você e querem te conhecer. Você pelo menos conhece pessoas...
Quando se é feio, o meu triste caso, ninguém te olha, ninguém se aproxima, e você acaba não conhecendo ninguém. Quantas vezes saí com a auto-estima no alto e voltei pra casa chorando por não ter recebido um olhar sequer? E se recebi, foram como alvo de piada ou sei lá o que.
Semana que vem mais um ano! Essa época sempre me deixa triste por ver que o ano passado não foi tão bom quanto eu esperei... E também por saber que o próximo não vai ser grande coisa. Em aniversários passados eu era esperançoso de que as coisas mudariam, mas nada aconteceu!
Eu queria ter esperança! E não simplesmente me conformar com minha solidão.
Quero ser feliz? Será que isso existe?
Até o momento não sinto nem uma fagulha dela dentro de mim. Mas sinceramente espero um dia senti-la, nem que seja por um instante.

Ouvindo: Paolo Nutini - Autumn

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Happy New Year!!

[Escrito no dia 15 de Janeiro de 2008, às 02h34min].

Minha primeira postagem do ano. Considerando que inventaram de fazer uma manutenção na minha área e estou sem internet até as 04h00min. Estou escrevendo e amanhã posto, pois espero estar dormindo quando a internet voltar.
Tomei banho, comi uma pamonha, fumei um cigarro e estou sentindo vontade de falar sobre o meu maior dilema... Engraçado como quando estou sozinho, ou tomando banho, ou fumando um cigarro as idéias me vêem a cabeça e a vontade de desabafar é imensa.
Então... Meu maior dilema é: Religião X Sexualidade


Desde os meus 14 anos eu faço parte de uma igreja e por muito tempo ela foi a base da minha vida e tudo que eu fazia era relacionado a ela...
Eu já havia sentido atração por garotos, mas nunca tinha feito nada do tipo. Até fui apaixonado por um garoto da escola quando tinha 12. Mas quando me filiei à igreja, achei que lá encontraria forças pra sobrepujar os meus desejos e sentimentos.
O tempo foi passando e mesmo eu não fazendo nada, aqueles sentimentos continuavam em mim, e junto com eles o pensamento de que eu devia ser forte e resistir a tudo isso.
Com 14 anos eu me apaixonei mais uma vez por um rapaz e sinceramente achava que aquilo era uma prova de fé, e que eu deveria continuar forte.
O tempo continuou passando e eu via que ao invés de eu ser curado, aquilo só crescia dentro mim. A cada homem que eu via na rua, os meus pensamentos se tornavam mais incontroláveis.
Achei que a solução seria arrumar uma namorada, porque assim minha mente se concentraria em outra coisa, e eu achava que as coisas se tornariam mais fáceis.
Eu não encontrava nenhuma garota por quem eu me interessasse, até que com 16 anos, eu encontrei uma moça legal, que era muito minha amiga e que eu via que gostava de mim. Um dia nós estávamos conversando e eu dei um beijo nela... Não posso negar que foi bom, mas não foi nada do que eu imaginava. Senti menos do que sentia nos meus pensamentos com garotos, mas mesmo assim resolvi insistir. Depois de alguns dias nos encontrando e ficando, eu a pedi em namoro. Ela ficou muito feliz com meu pedido e aceitou de cara.
Encontrávamos-nos quase todos os dias e era legal a idéia de ter uma namorada, mesmo não sendo nada parecido com o que eu realmente queria.
Até que as coisas foram ficando chatas. Ela tinha muito ciúme e era muito melosa. Se eu passasse um dia sem ir à casa dela, já era motivo dela ficar chateada e fazer mil dramas. Nisso eu comecei a gostar de um amigo meu, e o ponto crucial do meu namoro com ela foi no dia do seu aniversário... Eu a levei ao shopping pra que comprássemos um presente pra ela, só que quando entramos na loja, de cara vi uma coisa que meu amigo adoraria, e ela notou o meu entusiasmo pra comprar aquilo pra ele... Na verdade bem maior do que o entusiasmo de comprar o dela... Escolhemos um presente pra ela e acabei comprando o presente pro meu amigo também. Voltamos pra casa e ela já estava triste, por ter notado, indiretamente que eu gostava do Charles.
Quando chegamos na casa dela, tinham feito uma festa surpresa e isso fez com que ela ficasse mais alegre, mas a única coisa na qual eu pensava era ir embora pra ir na casa do Charles entregar o presente... Agüentei o máximo que pude, me despedi de todos, fiquei um pouco a sós com ela e fui embora, Fui direto entregar o presente, e ele ficou tão feliz que fez meu dia valer a pena.
A cada dia que passava, eu dava menos atenção a ela e ela sentia isso.
Até que um dia ela me chamou pra conversar e disse que tinha notado que eu não gostava dela do jeito que ela queria que eu gostasse e que era melhor que nós terminássemos. Fiquei um pouco triste, pois já estava acostumado com aquilo, mas também me sentia livre, por não que fingir mais nada.
Nada aconteceu com o Charles, pois ele era totalmente hétero.
Até então eu não conhecia nenhum gay. Tudo que eu via era na TV e achava que isso era a coisa mais rara do mundo, e que só havia um gay por cidade, até que quando eu tinha 17 anos, um dos meus melhores amigos me confessou que era gay.
Eu comecei a tremer, querer chorar, rir, correr, sei lá... Pois nunca tinha conhecido alguém assim e em seguida ele me contou que gostava de um rapaz e tal. Duas semanas depois eu criei coragem e contei pra ele que eu também era (ele ficou com um pouquinho de raiva, porque em um jogo da verdade ele já tinha me feito essa pergunta, e eu respondi que não, mas depois me entendeu, por causa da minha insegurança e o medo que eu tinha)... Éramos muito amigos e conversávamos bastante sobre isso.
Depois dessa conversa que tivemos, senti uma forte vontade de ter alguma coisa com um garoto, e comecei a conhecer pessoas pela internet e fui vendo que não era tão incomum quanto eu pensava. Marquei encontros com alguns outros garotos e sempre acontecia um dos três casos: Não ir ao encontro; Ir e não gostar do rapaz ou ir, gostar, mas a religião me bater à consciência me dizendo que eu não deveria.
Todas as tentativas foram frustradas, mas acabei fazendo alguns amigos.
Quando eu já tinha 18 anos, um desses rapazes que eu tinha conhecido (só pela internet até então) e tinha ficado muito amigo me ligou e disse que iria numa festa perto da minha casa e que seria legal nos encontrarmos em algum lugar por ali. Eu concordei e nos encontramos. Conversamos muito, ele comprou algumas bebidas e eu nunca tinha bebido, por causa dos ensinamentos que tinha tido na igreja, mas nesse dia acabei bebendo um pouco de vinho, o suficiente pra me deixar tonto. Com medo de minha mãe notar que eu tinha bebido, fui pra casa e ele foi pra festa.
Na semana seguinte ele me liga me chamando pra ir num festival de música eletrônica que iria acontecer aqui em Brasília.
Fomos.
Chegando lá, ele me levou direto em uma das tendas onde os gays se reuniam. Fiquei chocado, pois nunca tinha visto dois homens se beijando pessoalmente, mas aquilo me parecia ser muito bom e como já tinha bebido um pouco, queria muito experimentar. Dessa vez nem lembrei de religião.
Logo notei um rapaz dançando perto de mim, e me olhando muito. Achei-o interessante e queria ficar com ele, mas quem tomaria a iniciativa? Já que eu nunca conseguiria. Retribui discretamente alguns olhares e ele continuava ali me rondando. Até que não o vi mais. Fiquei com muita raiva de mim, por não ter tido coragem de tocar nele. Nisso senti alguém tocando no meu ombro e me chamando. Quando virei era ele e ele disse “Estou te olhando há algum tempo e não agüentava mais. O que eu preciso fazer pra beijar sua boca?”. A resposta foi intuitiva e um tanto oferecida. Eu disse “A única coisa que você precisa fazer é simplesmente me beijar”.
E lá se foi... Meu primeiro beijo num garoto... Eu via estrelas. Ouvia sinos. Finalmente tinha sido da forma como eu imaginava; Da forma como eu queria que fosse. Ficamos a noite inteira e ele me deu o telefone dele, mas nem chegamos a nos encontrar depois disso... E eu nem me importava com aquilo, pois não senti nada a mais por ele... Mas o beijo (ou melhor, os muitos beijos durante a noite), foram ótimos.
Depois disso saí algumas vezes e fiquei com alguns garotos. Mas sempre no dia seguinte, a consciência e os ensinamentos que eu tinha tido na igreja me batiam a porta e isso me fazia sofrer muito.
Me sentia a pior pessoa do mundo e não queria que aquilo acontecesse de novo, mas eu simplesmente não conseguia parar.
Quatro meses depois conheci o Rodrigo na balada. Ficamos nesse dia e nos entrosamos muito bem... Pela primeira vez tínhamos conversado mais do que beijado.
Acabamos namorando e foi com ele que tive minha primeira vez.
Parei de ir à igreja.
Senti muita vontade de contar pra minha mãe que eu era gay e que estava namorando. Até que um dia, sentado na cama ao lado dela, eu falei “Mãe! Eu quero te contar uma coisa. Eu sou gay!” sem nem olhar no rosto dela. Ela só disse “Saí de perto de mim. Vai pro seu quarto”. Obedeci e nem consegui dormir aquela noite imaginando o que ela tava pensando. No dia seguinte fui trabalhar e quando cheguei em casa ela falou. “Vai no meu quarto que quero conversar com você”, fui e ela assim que entrei disse “Filho. O que você falou ontem era verdade ou só brincadeira?” Eu respondi que era verdade e que eu não tinha motivo nenhum pra brincar com uma coisa dessas. E ela disse “Eu passei o dia todo hoje querendo chorar, sem conseguir parar de pensar nisso, mas no fim das contas eu pensei ‘Chorar vai adiantar alguma coisa? Chorar vai te fazer mudar? NÃO’ então o que tenho que fazer é te apoiar, porque te amo”. Nunca imaginei que aquelas seriam as palavras dela. Já estava esperando o fim do mundo. Continuamos conversando por muito tempo e contei que eu estava namorado e ela mesmo que nem um pouco acostumada com aquela situação e um pouco desconfortável, fazia uma força pra me ouvir. Ela fez milhões de perguntas sobre ele, eu mostrei uma foto, mas quando falei sobre a possibilidade de levar ele lá em casa, ela fez uma cara feia e disse que era melhor que não.
Na semana seguinte, eu e o Rodrigo estávamos no shopping e me deu muita vontade de apresentar ele à minha mãe. Então só liguei pra ela e disse “Mãe, prepara o jantar que eu e o Rodrigo estamos indo praí”, só a ouvi dizendo “Você ta louco?” e eu respondi “Não adianta reclamar. Estamos indo. Tchau”. Quando chegamos eu o apresentei a ela e ela tava muito sem graça com aquela situação. Jantamos e no final das contas eles ficaram até 2 horas da manhã conversando, enquanto eu já tinha ido dormir. Ficaram grandes amigos e ainda são, mesmo tendo terminado há bastante tempo com ele. Ela até já me disse algumas vezes “Filho, volta com o Rodrigo... ele é tão bom”. Mas não gosto mais nem um pouco dele.

Depois disso fiquei meio recluso e não gostava muito de sair.
Os missionários da igreja na qual eu freqüentava começaram a me visitar constantemente me convidando a voltar a igreja. Sempre tive um contato muito próximo com os missionários da igreja. São pessoas maravilhosas.
Só pra me entenderem melhor sou membro de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias... Somos mais conhecidos como os Mórmons.
Até um filme já foi feito sobre um missionário mórmon [Latter-Days] e esse de fato de tornou o filme da minha vida, por haver uma grande identificação.
Nisso que eles voltaram a me visitar constantemente nós ficamos muito amigos, e eu estava me sentindo muito vazio. Acabei voltando pra igreja. Dessa vez não sei bem se foi por algo espiritual ou pelo carinho que eles estavam me trazendo.
Nesse mesmo tempo minha mãe e uma das minhas irmãs também se tornaram membros da igreja, e isso foi de certa forma uma grande força pra eu voltar à igreja.
Só que depois de uns 6 meses algo que eu não esperava aconteceu.
Eu comecei a me sentir muito atraído por um dos missionários. E o melhor [Ou pior] ele também estava se sentindo atraído por mim...
Já éramos bem amigos e num certo dia eu resolvi conversar com ele e contar sobre minha atração por pessoas do mesmo sexo... E ele acabou me confidenciando o mesmo segredo. Nesse dia ficou por isso mesmo.
Até que um dia nós estávamos no banheiro da igreja e nossa troca de olhares foi tão profunda, que acabamos nos beijando. A partir daí já era irreversível... Cada dia nós nos envolvíamos mais e junto disso a nossa dor, por estarmos fazendo algo que era-nos ensinado a não fazer, pois não era coisa de Deus.
Com o tempo ele foi cada dia se sentindo mais mal, por ser um missionário e ensinar às pessoas coisas que ele não vivia. Até que um dia ele resolveu pedir pra terminar a missão e teve que contar o que estava acontecendo.
Nós dois fomos desassociados da igreja. Isso não significa uma excomunhão, mas sim, uma perda de deveres na igreja. Não podemos dar aulas, e coisas do tipo... Coisas mais relacionadas à liderança. E ele teve que voltar pra casa, assim como acontece no filme Latter-Days, sendo que depois que ele voltou pra casa, as coisas não foram tão difíceis como forma pro personagem no filme.
Isso tudo que aconteceu me deixou um grande vazio... Não porque eu sentia algo por ele, porque na verdade não sentia nada além de atração... Mas eu já estava tão envolvido com aquilo, que me fez falta.
Eu continuei na igreja... E períodos de idas e vindas.
Fiz muitos novos amigos e acabei me afastando de vez da igreja.
Conheci coisas que preferia não ter conhecido...
Comecei a beber muito. Vida de sexo sem sentimento. Comecei a fumar. E até mesmo conheci o mundo das drogas... Coisas que não me fizeram melhor em nada, só abafaram o que eu sentia no momento.
Tive algumas experiências espirituais e isso me fazia cada vez querer mais me tornar uma pessoa certa... E isso me deu força pra me livrar de algumas coisas ruins.
Hoje sou bem mais controlado.
Não uso mais drogas. Bebo controladamente. Tenho diminuído o fumo. E estou quase um celibatário [hehehe], e tenho procurado uma paz comigo mesmo...

A igreja é muito importante pra mim. É algo que me ensinou bons princípios que por um tempo o mundo conseguiu roubar. Só que pra me tornar pleno na minha crença, eu deveria deixar de ser gay. E aí entra minha maior dor, pois não consigo.
Se eu pudesse mudar, com certeza eu faria, mas não posso.
E nem sinto que as coisas que eu sinta venham do diabo.
Não acredito que Deus seja tão injusto de condenar uma pessoa por ela ter amado outra. Independente da forma, é AMOR.. E amor como citado em Conríntios 13 é o dom supremo.
Por enquanto tenho freqüentado a igreja, mas não tenho me fechado pro amor.
Fechei-me sim pra promiscuidade, porque isso não me fazia bem em nenhum dos sentidos da minha vida, mas não vou mais me condenar e exitar se me aparecer a oportunidade de viver um grande amor.


Espero que depois dessa mini-biografia, vocês me conheçam melhor e saibam o que sinto. Apesar dessa dualidade ainda me atormentar bastante, eu tenho tentado viver da melhor forma. Desculpa se o post foi muito grande dessa vez, mas agradeço àqueles que tiveram a paciência de ler...
Boa Semana a todos!

Ouvindo: The Veronicas – Heavily Broken (Youtube)

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Me Recuperando...

Fiquei um tempinho sem postar, mas estou de volta.
Há duas semanas fiz uma cirurgia nos olhos e não pude entrar na net por algum tempo. Não foi nada complicado. Na verdade, foi mais por causa de estética do que uma necessidade... Foi uma correção de um leve estrabismo.
Senti um pouco de dor e muito incomodo, mas agora já estou me sentindo muito melhor, apesar de ainda haver uma vermelhidão.
Nessas duas semanas minha vida ficou parada, por causa da recuperação, então nem tenho muitos acontecidos... Esse tempo foi bom, pois pensei bastante (Quando não conseguia abrir os olhos, só me restava pensar).
Sinto-me bem melhor com a minha AUTO-ESTIMA... Não sei se foi por causa do resultado da cirurgia, que segundo o médico, foi excelente, ou por ter ficado mais em sintonia comigo mesmo.
Aproveitei esse tempo também e acabei assistindo muitos filmes com temática GLS... Alguns filmes na qual tinha vontade de assistir há muito tempo, mas que finalmente tive a oportunidade.
Assisti:

I Think I Do
Summerstorm
Another Gay Movie
Get Real
Hellbent
Eating Out
Eating Out 2 – Sloppy Seconds
Almost Normal
You’ll Get Over It
Le Temps Qui Reste
Yossi & Jagger
Love! Valour! Compassion!
The Bubble
Boy Culture
Beautiful Thing
No Se Lo Digas A Nadie
Starcrossed
Juste Un Peu De Reconfort
Gone, But Not Forgotten
Conrad Boys
El Cielo Dividido

Todos eles são muito bons… Infelizmente poucos deles acabam chegando ao Brasil, mas espero que um dia essa indústria chegue com mais facilidade aqui.
Alguns me emocionaram muito, por causa de suas belas histórias... Algumas eu gostaria muito de viver, outras não... Mas nessa mistura de tantas histórias, eu me sinto muito melhor hoje.

Ontem foi a primeira vez que eu saí depois da cirurgia e foi muito bom estar com meus amigos... Bebi um pouco, e dancei muito...
Fim de ano chegando e sempre gosto muito dessa época...
Amo ver as casas decoradas e o espírito que o Natal traz.
É uma época que me enche de esperança, pois sempre acredito que o próximo ano vai ser muito melhor... E realmente preciso que 2008 seja melhor do que 2007 foi.
Bom, deixe-me parar por aqui, pois ainda quero escrever esse ano e isso aqui ta ficando com cara de considerações finais!
Bem... Me recuperando da cirurgia, me sentindo bem mais feliz e esperançoso. Espero no próximo post trazer boas noticias. =)

Ouvindo: Lisa Lavie – Save Your Breath (Youtube)




P.S.: Obrigado Anônimo pelas correções no português. Sei que nesse post ainda tem alguns erros de português, mas o importante é transmitir minha mensagem... Infelizmente ainda não sou nenhum professor Pasquale.
Preciso de alguém sim, assim como qualquer ser-humano, mas não creio que essa seja a solução dos meus problemas... Preciso mais de um amor-próprio do que um amor compartilhado! =)

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

I'm Back!

**

Já faz algum tempo que eu não posto nada! Um dos motivos foi que meu computador resolveu parar de funcionar, daí ficava um pouco complicado, pois gosto de escrever quando estou em casa, sozinho com meus pensamentos e fragilizado emocionalmente de alguma forma, porque assim posso descrever meus sentimentos de forma mais clara.
As últimas semanas em que não escrevi nada, não tiveram muitos acontecimentos interessantes... De certa forma me sinto a mesma pessoa. Nada mudou, e não considero isso muito bom, pois é como se eu tivesse vivido em vão.
Alguns dias eu acordei de ótimo humor e com a estima no alto... Outros eu acordei com vontade de chorar e me sentindo a pior pessoa do mundo. Considerando que nem em todas as vezes que eu acordei com auto-estima, eu terminei o dia com ela... Sempre no meio do caminho acontecia algo que me fazia sentir mal novamente. Mas mesmo não tendo uma grande melhora, ainda assim foi uma melhora e espero que a tendência seja melhorar.
Depois de algum tempo sem ir a uma boate gay, pelo fato de nunca me sentir olhado e interessante aos olhos de alguém, eu resolvi aparecer por lá de novo. Alguns amigos e pessoas com que converso constantemente sempre me disseram que as coisas não acontecem pra mim, pelo fato de eu esperar. Que quando eu parasse de esperar que as pessoas me olhassem e se interessassem por mim, as coisas aconteceriam. Essa me parece uma técnica difundida no mundo inteiro, pois já vi muitas pessoas falarem sobre ela. E assim fui eu pra boate... Com esse pensamento. De me divertir sem me importar com ninguém que as coisas apareceriam.
Bem... Não foi dessa vez. Alguém pode até ter se interessado por mim, mas pelo menos ninguém me informou disso. Depois de algumas bebidas tive a curiosidade de saber como funcionava o tal do “Dark Room”, pois nunca tinha ido... E lá fui eu. Eu já sabia que era dark, mas achei que conseguiria ver ao menos alguma coisa, mas era bem mais dark do que pensei. Na verdade fiquei foi com um pouco de medo, e vi que aquele sub-mundo do sexo não era pra mim. (Ah, talvez alguém tenha se interessado por mim, pois senti uma mão abusada enquanto eu entrava no dark room! Será que só me querem no escuro? Só quando não conseguem me ver? Hehehe... Esquece isso)... Voltei a dançar.
No final da noite foi bom... Pela primeira vez não saí da boate triste... Dancei, me diverti, não esperei nada de ninguém e fui pra casa feliz.
Essa semana até que foi bem divertida pra mim... Saí 4 dias seguidos. Na quarta fui a um show sertanejo (Não que eu goste muito), mas quando se está com os amigos, as coisas se tornam mais legais e divertidas independente do ambiente. Mas devo confessar que foi legal conhecer o Léo (Vitor & Léo), o Daniel, e o Rick (Rick & Renner). Também assisti ao show em cima do palco. Depois que o show terminou fomos pra boate dançar um pouco, mas não tinha quase ninguém mais. Fim de semana legal!
Ah. Sábado agora tem show do Bruno & Marrone... Espero assistir do palco de novo.
Ultimamente tenho tentado trabalhar bastante a minha estima. Cansei de me sentir feio, magro, desajeitado e tudo mais. Algumas vezes eu até me achei bonito quando me olhei no espelho. Acho que o problema está mesmo na forma como me sinto, e não em como eu sou.
Bem... É isso aí. Não foi nada demais... Mas pelo menos agora tenho um computador que funciona e posso ser mais presente no meu querido blog (Me senti com 12 anos agora)...
Bisses

Ouvindo: Leona Lewis - Bleeding Love

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Finalmente saí da toca!

Depois de algum tempo sem sair de casa... E sem sentir a menor vontade de fazê-lo, eu resolvi me forçar um pouco e sair com alguns amigos!! À principio, apesar do meu desânimo, eu estava feliz por ver meus amigos! (Já que não servem pra ouvir meus problemas, que pelo menos sirvam pra fazer eu me divertir).
De ínicio não sabíamos pra onde.. Nos encontrariamos e juntos pensaríamos em um lugar pra ir!! Decidimos ir pra um bar e depois o vento nos levaria!!
Mas brasília é um lugar morto! Em feriados (Isso foi na sexta, dia 12) a cidade para.. todos viajam e quem fica na cidade não tem pra onde ir! Quando chegamos no bar, ele estava fechado!Então fomos pra um outro menos legal.
Pra minha surpresa, meus amigos também haviam chamado meu ex-melhor amigo. Só que há algumas semanas tivemos um desentendimento feio! Ele teve muitas atitudes infantis, o que me fez criar raiva dele! Apesar de toda raiva que eu sentia, eu gostava muito dele, mas a decepção tinha feito meu coração ficar um pouco adormecido... Eu não queria ver a cara dele... Meus outros amigos sabiam que eu não queria de jeito nenhum vê-lo, mas achavam que era uma coisinha de momento e forçaram esse encontro!
O que seria uma noite pra eu me livrar da minha tristeza, acabou se tornando num grande mal-estar... Ficar na presença de alguém com quem vc não se sente mais bem, não é bom... Apesar d'ele estar tentando reconquistar minha amizade, eu não estava muito afim.. ele se mostrava outra pessoa, mas ainda assim a mágoa estava no meu coração! Como eu já estava na chuva e o jeito era me molhar.. Resolvi beber, porque pelo menos assim a presença dele não me incomodaria tanto!
Bebí.. Bebí e bebí mais um pouco (Eu não estava dirigindo) e de repente me senti como se ele nem estivésse ali. quando eu bebo sinto uma sensação de felicidade e nada me incomoda.. Nada é problema!
A noite estava começando a valer à pena!
Depois disso decidimos ir pra algum lugar.. Ligar o som do carro bem alto, e dançar no meio da rua! Só que São Pedro não foi tão generoso... No meio do caminho uma tempestade começou a cair! Paramso em um supermercado, compramos algumas guloseimas e muito mais bebida! Como a chuva não dava uma trégua, tiveram a idéia de ir pra casa desse meu ex-amigo e ficarmos de boa, brincando, conversando e rindo. Nesse momento foi como se todo o efeito da bebida tivésse passado! Na hora eu falei que não queria ir... Mas me forçaram e como eu estava bêbado, não estava em condições de tomar muitas decisões!! Minha alternativa foi beber. Estando numa casa em que não me sentia bem.
Assim que chegamos era evidente o interesse desse ex-amigo de se reaproximar de mim.. Fez um coquetel e fui o primeiro a ser servido.. Toda hora puxava um asunto comigo.. E eu continuava indiferente.. Até que quando fomos brincar de adedonha e mímicas comecei a me soltar e fui esquecendo nossa briga!
Resultado: A noite acabou sendo maravilhosa. Me diverti muito, ri muito (principalmente do Pedro tentando fazer a mímica de "Eu sei o que vocês fizeram no verão passado").
Daí no dia seguinte fique pensando.. Até que ponto devemos guardar uma mágoa? Até que ponto devemos nos poupar de coisas alegres pelo fato das pessoas cometerem erros? Todos são humanos e naquele instante eu pude perceber que ele estava arrependido do seu erro. ele parecia outra pessoa. Alguém que tinha aprendido depois de levar um tapa da vida.
É claro que não voltamos a ser melhores amigos, pois quero que ele sinto a valor da minha amizade.. ainda que eu não seja perfeito, eu me apego às pessoas muito fácil e me entrego de corpo e alma pra elas... Talvez por isso eu acabe sofrendo tanto.
Mas espero que todos os meus erros e os erros de todos sejam como um aprendizado... Sinto que ele não vai cometer o mesmo erro, e fico feliz por ele ter aprendido algo.
(Aff... Ele não morre nunca mais. Acabou de entrar no MSN)...
Bem.. Depois eu escrevo mais.. Acho que já escrevi muito por hoje! Hehuaehuehuae...
Espero que todos tenham uma ótima semana e muito obrigado pelos comentários.. Fiquei muito feliz com cada um.. Beijos


Ouvindo: Flávio Venturini - Noites Com Sol

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

1° Post

Hoje tem sido um dia comum na minha vida! Não muito diferente dos anteriores. Hoje é mais um dia que preferiria nem ter acordado.
Bem, tenho 20 anos e tenho uma impressão de ter tido esse tempo em vão. Nada conquistei. Algumas pessoas com menos idade do que eu, já construíram grandes coisas ou ao menos tem planos e metas de conquistar algo, mas eu me sinto num ponto morto. Nada conquistei e nem tenho metas e planos pelo fato do medo de não conseguir alcançá-los.
Faço parte de algumas minorias e por isso sinto uma fraqueza extrema. Sou gay e isso é algo que me fez sofrer por muito tempo, mas de uma certa forma me aceito bem melhor agora, apesar de muitas vezes viver uma dualidade e não ter certeza se esse é mesmo o caminho que eu deveria seguir.
Isso não é uma escolha minha. Não escolhi ser gay e me sentir atraído por homens. Se pudesse escolher, certamente escolheria gostar de mulheres. Não por não ter orgulho de quem sou, mas porque as coisas seriam mais fáceis.
Os últimos tempos têm sido tão difíceis pra mim... As coisas parecem nunca darem certo. Parece que todo o universo conspira contra mim. Na verdade eu sei que não tem nada a ver com isso, mas me pergunto muitas vezes “Porque as coisas são tão difíceis pra mim?”.
Resumindo um pouco do que se passa: Tenho 20 anos, não estou trabalhando (E isso ta me matando) e nem estou estudando. Ou seja, não faço nada e o ócio faz com que meus dias se tornam cada vez piores. Tenho muito tentado conseguir um trabalho, mas não tem sido fácil. Não só pra mim, mas pra milhões de brasileiros.
Eu queria muito estudar. Não pense que não estou estudando por preguiça ou coisa assim, mas a Universidade Federal aqui em Brasília é muito difícil e pra eu entrar em uma privada, eu preciso de dinheiro. E como consigo dinheiro pra pagar a faculdade se não tenho um emprego? Daí a falta de uma coisa prejudica a outra!
Devo confessar que não estou tão animado quanto estava há alguns meses atrás. E não tenho mais tanto pique de entregar currículos e sair a luta! Sei que isso é errado e que nunca deveria desanimar, pois isso só atrapalha tudo, mas é difícil sair de casa em busca de uma coisa que me parece tão difícil. Não tenho experiência quase nenhuma, e ainda não dei a sorte de encontrar alguém que queira me dar uma oportunidade. Sei que sou capaz de aprender qualquer coisa!
As condições familiares também não ajudam muito. Ao invés de tentarem me ajudar ou me dar algum apoio, tudo que ouço são cobranças. Ultimamente os adjetivos que mais tenho ouvido são Folgado, Inútil, Acomodado e genéricos. Acho que acreditam que estou na atual condição por escolha, mas não é. E isso me faz sofrer ainda mais. Eu me sinto esmagado pelos problemas.
Às vezes me sinto muito frágil. Sinto vontade de desistir de tudo, de todos e até de mim mesmo. A vida pra mim não tem tido aquele sabor de vida! Há quanto tempo eu não consigo sorrir (Com exceção de quando vejo o Tiririca). Há quanto tempo eu não fecho os olhos e agradeço por estar vivo!
Mas ainda assim agradeço por ser forte. Algumas pessoas na mesma situação que eu estou, já teriam acabado com a própria vida. Mas ainda bem que não sou tão covarde. Apesar de todos os problemas eu ainda tenho vontade de ser feliz! Tenho vontade de crescer e deixar pra trás tudo que passo agora. E sei que um dia vou conseguir tudo isso, só não sei quando e essa incerteza me mata.
Sou do Signo de touro e sempre ouvir dizer que nosso lema é “Eu tenho”, mas no meu caso meu lema é “Eu preciso”. Não tenho vergonha de afirmar minhas fraquezas e minhas dificuldades, pelo contrário, tenho orgulho de dizer que sou humano.
Eu estou gostando da idéia de ter um blog, pois mesmo que nunca ninguém leia o que escrevo, pelo menos tenho a sensação de que estou desabafando. Eu nunca fui de ter muitos amigos e os poucos que tenho, sei que não são do tipo que me escutam e se preocupam com os meus problemas, então sempre preferi guardar dentro de mim o que sinto e penso. E no lugar disso, coloco um falso sorriso na cara e me passo como jovem feliz! Jovem forte!
Sempre gostei de festas, agitação e por algum tempo vivi no mundo da noite. Mas de algumas semanas pra cá, não sinto vontade de sair. Não sinto vontade de ver pessoas... Cansei de conhecer pessoas, ela perguntarem o que eu faço e eu dizer “-Nada”. Então prefiro nem conhecer ninguém pra não ter que afirmar isso uma e mais uma vez.

Desculpe se isso está parecendo um despejo de problemas, mas eu precisava fazer isso ao menos uma vez, pois não agüentava mais guardar tudo isso dentro mim. (Se é que alguém um dia vai ler isso).
Bem... Isso é um pouco de mim e do que estou pensando e sentindo hoje. Espero que muito em breve eu possa escrever aqui “-ESTOU FELIZ”, mas enquanto esse dia não chega quero contar com esse amigo imaginário, que na verdade é virtual.
Ai, como eu queria voltar a ser criança!!!

Ouvindo: Cherie Call – Restless Soul

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Apresentação

Olá! Há algum tempo que eu tinha o interesse de escrever um blog contando um pouco do que acontece comigo e os meus pensamentos! Nunca tive a pretensão de me tornar uma Bruna Surfistinha ou coisa parecida (Me referindo ao fato de ter milhões de leitores e chegar a publicar um livro). Não tenho talento pra tal. lol
Mas gostaria de poder compartilhar meu pensamentos com as pessoas e encontrar quem pense como eu penso. Num mundo onde às pessoas cada vez se individualizam mais, eu quero me agregar! Amo fazer novos amigos e conversar...
Essa é a forma que eu quero utilizar pra poder estar próximo, ainda que distante de pessoas que pensam como eu penso.